Ao Vinicius com carinho
Fico vendo os pais da maioria das crianças de
uns 15 anos para cá ficarem indignados, bravos e loucos com o comportamento e
os enfrentamentos que seus filhos, filhas, sobrinhos, sobrinhas, ou qualquer
coisa parecida.
Falam que não aguentam mais.
Falam que nunca viram coisa igual.
Falam que estão muito rápidos, inteligentes,
não obedecem ninguém.
E muitas tantas outras lorotas.
Eu, com três filhos, Gabriel de vinte e três,
Felipe de vinte e um e a Gabriela de seis anos.
Os dois mais velhos, fizeram todo tipo de
arte possível.
Brincaram e curtiram ao extremo cada dia de
suas vidas.
Desde a hora que acordavam até a hora que
dormiam.
Ainda depois de dormir, custavam chutar um ao
outro.
A Gabriela, que é uma pessoa normal, dentro
do seio que nasceu, faz menos que os dois fizeram e até onde sei, do que a mãe
dela fez quando tinha a mesma idade.
Na casa da minha mãe, o Helinho, para
devolver os pintinhos da vizinha que vinham para o nosso quintal em Sem Peixe,
torcia os pescocinhos deles e os jogavam sobre a cerca de bambu.
O Zé Pedro quando não estava brigando com os
filhos de Raimundo Sabino, brigava com os filhos de dona Ladir.
A Andréia para salvar a vida dela quando morávamos
na Rua das Flores, saí praticamente pelado e agarrei pela ponta da calcinha com
o carro freando a milímetros dela.
O Gustavo, Dedeco, Matheus, Fabíola, Amélia,
Vinicius e Guilherme, só faltaram colocar fogo na casa da mãe ou derrubar a
parte superior da casa, fora as trocentas artes que não tive o privilégio de
participar, por infelizmente estar aqui pelas bandas do Paraná.
O Filipe Barcelos, todas as vezes que eu ia a
Ipatinga ele estava de castigo por alguma coisa, isto já com seus 13 a 16 anos,
as peraltices eram mais que cabeludas.
Neste universo de pessoas tão bem dotadas de
comportamento no passado nascem as crianças de hoje.
Se o pedigree é tamanho, como poderia o fruto
nascer com defeito?
Para homenagear o aniversariante do dia,
quando ainda moravam em Belo Horizonte, na rua Francisco Lisboa, ele amarrava
uma toalha ou pano no pescoço, e com características próprias do Batman, pulava
do sofá no chão, pulava de qualquer lugar em cima de mim, lutava brigava,
gritava e chorava com uma garganta que mais parecia uma gralha Azul.
Quando tive o prazer de morar com minha
querida cunhada Nanci, se o jovem mancebo acordava antes de mim, (eu dormia
em um colchão na sala), pulava em cima, sentava em meu pescoço, da mesma forma
que o Dedeco, quando ainda morava em Ipatinga e como que se o DNA, corresse por
osmose.
Ao sair para ir ao Mercado que era a umas
duas quadras do apartamento do Lalau, era um tormento levar o Batman junto.
Subia em tudo, pulava de qualquer lugar e no Mercado era um verdadeiro terror.
Minha princesinha Gabriela é um anjo perto
destes anjinhos que foram, de chifres e rabinhos.
Comentários
Mas que belo presente de aniversário vejo reservado pra mim!
Muito obrigado pelas palavras, me encheram de alegria!
Vejo o João Pedro hoje e ao ler suas palavras pude ir voltando ao passado e desfrutando de cada momento, me lembro da sua estadia em nossa casa em BH, lembro também do Helinho!
Veja como a vida é mais que legal, vai passando e não deixa de ser maravilhosa, vamos ficando mais velhos, as vezes caem umas lágrimas ao lembrar do passado, mas ai, temos a certeza de termos vivido, agradecemos a Deus por tantas graças e boas lembranças capazes de deixar saudades...
Obrigado e um beijo no coração!