Amor Dinha

 











Ao programar minha nova encarnação, como conceito espírita, fiz minhas opções, naturalmente que sob orientação de espíritos superiores, com a benção divina.
Do dia que nasceria, a carcaça que usaria, e o leito familiar em que nasceria, seria mimado, acolhido e cuidado.
Meus defeitos que hoje são enormes, certamente eram maiores quando ainda estava no mundo espiritual.
Ao optar em nascer em um sitio do meu avô em uma pequena e maravilhosa cidade de Minas Gerais, Sem Peixe, entre belas e enormes montanhas. Fui educado ao som de palavras doces, mas severas, de aconchegos mimosos, mas dentro das discrições mineira.
Cresci em meio a uma família de oito irmãos (vou corrigir, antes que o seja por outros, quis apenas usar o oito como temporal, fomos nove), tios que eram como pais e tias como mães, vó e vô como pais, mas maravilhosamente carinhosos e acolhedores no afeto humano.
Coroinha na capela de Sem Peixe, tenho algumas lembranças em meu dia de coroamento e algumas vezes como repiqueiro do sino da bela Igreja São Sebastião em Sem Peixe, só que mesmo amante da música, o ritmo musical não é meu forte. Para compensar hoje tenho três filhos e um neto, os dois marmanjos e a minha princesa são músicos autodidatas, o neto quer ouvir música a todo momento. Presente divino.
Uma das belas imagens que carrego de infância é da cara redonda da Dinha, vestida para ser coroada, acho até que essa imagem a carrego de fotos, ou não, mas as carrego. Como sempre recordo-me das festas de boneca que faziam na casa do Tio Nonô Basílio, meu padrinho e que tinha uma renca de meninas. Lá de casa a Dinha e a Cida.
A Dinha sempre me foi cara ao relacionamento, muito meiga e menos chorosa que a Cida. Bela cozinheira a bela40, é primorosa pilotando um fogão, com os temperos e sabor da terra do Tio Niquinho. Ultimamente a exploração a ela gira em torno do feijão tropeiro. Qualquer festa que junta mais de dois, a primeira exigência é o fabuloso feijão tropeiro da Dinha.
Pagen do meu pai, ela é a alma da família no sentido acolhedor da palavra. Sempre disposta a recepcionar a todos, isto é, praticamente todos os fins e meios de semana, além de aguentar as morrinhas de meu querido e amado pai.
Responsável por colocar no mundo uma linda e amada prole de quatro filhos, todos o tempo inteiro arrumam um jeito de sugar um pouco as suas energias. Seja na cuida dos netos e netas, ou em qualquer outra atividade de vó, mãe e maravilhosamente irmã.
Se a Cida ciscava em torno da mãe feito galinha choca, pleiteando toda a atenção possível da mãe, a Dinha criou os seus ao lado e dentro do mesmo ninho da dona Matildes, que cuidou da Fabíola, Mateus, Thaís (sua puxa saco) e do minúsculo Gilherme, famoso bicho de goiaba, ou gaiaba, como dizia a vozinha, como netos filhos.
A dureza de morar longe fisicamente da família é não poder participar dos momentos importantes dos que amamos, seja nos de felicidades, como nos de dificuldades. Mas vivo todos os momentos e atividades espirituais dos meus queridos e amados irmãos e irmãs. Como minha bela e querida mãe fazia com os seus.
Mesmo não estando no dia mais belo da Dinha ao seu lado, sempre estou ao seu lado minha linda, sob qualquer circunstância.
Que sua caridade se expanda e irradie além dos muros da 148, a vida nos é dada como dádiva divina e ao devolvê-la, não só estes privilegiados que estão em sua volta fará conta.
A conta não tem fim.
Muito menos a vida.
Viva mais.

Ame mais, doando-se mais.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Família Cota, Cotta, sua origem

Galo que cisca, galinha que canta no raiar do dia

José Antônio do Nascimento - Sem Peixe