Alexandre Oltramari - Revista Veja Na maior devassa da história do Judiciário, a políciaprende juízes sob suspeita de vender decisões – e dáinício a uma faxina que tem tudo para fazer bem ao país. Na madrugada de 23 de novembro, uma quinta-feira, um delegado e dois agentes da Polícia Federal entraram discretamente num escritório de advocacia no número 121 da Rua do Ouvidor, no centro do Rio de Janeiro. A sala pertence ao escritório Borges, Beildeck e Medina Advogados, e um dos sócios é Virgílio Medina, irmão do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Paulo Medina. Durante uma hora e quinze minutos, numa ação sem precedentes na crônica policial brasileira, os policiais fizeram filmagens, tiraram fotografias e, com uma máquina portátil, fotocopiaram documentos, planilhas, anotações. Encerrado o trabalho, fecharam silenciosamente a porta do escritório e saíram sem deixar pista de sua passagem pelo 6º andar do edifício. Com ações inéditas como essa, a Operação Hurricane (furacão, em