Tio Ângelo
As frutas que saboreamos, no verão, tem seu tempo, bem como as do outono, inverno e da primavera. Cada uma com seu sabor, fragrância e suculência do tempo. Elas florescem, viram frutos, amadurecem. Algumas são aproveitadas, outras apodrecem. Mas todas percorrem um ciclo. Assim somos nós, mortais e passageiros. Cada um com uma face, voz, olhar, andar, digital, personalidade, com e sem caráter, docilidade, cheiro e afetividade. Temos todos, cada um, características diferentes, mesmo que gêmeos, ninguém é igual, mesmo que a igualdade, por alguns, seja bandeira de justiça para todos. Nas asas da liberdade conheci um ser, que na sua docilidade, na sua amabilidade irradiou a todos que em seu entorno circundou. Presteza e solicitude com a voz da concordância, mesmo que a discórdia fosse debatida em alto som. Aos seus e sua rebenta, dedicou a vida, o suor, as dores no corpo cansado e ensinou-lhes a lutar e a buscar os sonhos distantes, que só o conhecimento poderia propicia