Lucidez, o que foi que você fez





















Lucidez o que você faz, o que você fez.
Nos tempos da carruagem você era tão insana.
Nos tempos dos desafios você era tão cruel.
Olho por olho, dente por dente.
Ó lucidez, porque você fez?
Nos tempos do Ford bigode, você foi tão do quem pode, pode.
Nos tempos do Presley, você foi tão lunática.
Ó lucidez, vejo o que você fez.
Em um teatro foi-se o Lincon.
Em um quarto do catete foi-se o pai dos pobres.
Em uma rua de New York, foi-se o sonhador da Paz no planeta.
Em uma floresta foi-se o Chico, foi-se o Mendes.
Em uma tocaia qualquer, em uma floresta qualquer, foi-se a Doroti.
Ó lucidez porque você fez?
Ó lucidez o que foi que você fez?
Da paz sonhada de uma nação, levou a vida.
De sua mazelas escravagistas, separatistas, derrotistas.
No palco de seu povo levou seu pai.
Com o petróleo ou sem a polaca, você levou o pai do trabalhador.
No teatro dos sonhos, você levou o sonho.
Quantos vietnamitas sob as dinamites.
Quantos soviéticos mortos feito sorvetes.
Ó lucidez, onde você andou, perambulou, viajou?
Que da Sibéria ao pólo extremo, você é tão solicitada, mas você é tão pequena.
A falta que você faz, você fez, hy Hitler, I my love Peace.
Em nome da sua lucidez, o que foi que você fez.
Sob a marquise de uma loja.
Sob o viaduto da paulista.
Sob os olhos da policia.
Sob os mandos dos que mandam.
Onde pairou você, ó Lucidez.
O que foi que você fez?
E a mãe que chora na África, nas mazelas do tempo, na miséria no tempo.
E a mãe que chora na bandeira dobrada, entregue pelo protocolo nacional, pela Paz que você não abrandou.
E a mãe que chora, em volta da panela vazia.
E a mãe que chora na fila com a filha nos braços, sem espaço no hospital de sua miséria.
E a mãe que chora em volta do distinto, tinto avermelhado da lucida vida tirada, na estrada da vida onde a vida, a vida nunca vale nada.
Ó lucidez.
Espero por ti lucidez.
Quero amanhecer com ti lucidez.
Quero amar com ti na cama lucida da minha amada nupicia.
Quero embriagar-me em seu colo lucidez, pois lucido, não consigo encontrar-te em meio a razoabilidade do sentido de viver.
Ó mãe lucidez.
Veja o que você fez.
Do flerte, o amor.
Do amor, a vida.
Da vida, a morte.
Da morte, o pó.
Porque tu lucidez, não sabe o que fez.

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