Risoto, de Domingo, Bacalhau com brócolis



Almoço de Domingo sempre foi algo muito especial.
Ainda em Sem Peixe, recordo-me com orgulho de sempre almoçarmos com a Vozinha e o Vozinho.
Coisa mais maior de grande.
Macarronada com massa de tomate, e queijo curado ralado na hora.
Frango com quiabo, angu e feijão batidinho.
Frango frito e carne de porco de lata (carne de porco frita na sua própria gordura em pedaços grande, e colocados em latas de 20 litros juntos com a gordura).
O Vozinho fazia questão de comer a sobre coxa do frango, o que pela lei da gravidade segui. Mas, àquela época, o meu pedaço do frango era o pé e um lado do encontro do peito, que após eliminadas todas as carnes possíveis, sobrava um osso em V, que na nossa magia de OZ, servia para fazermos apostas, após colocarmos na chapa do fogão a lenha para que desse uma enxugada e ficasse quebradiço, aí cada um puxava de um lado da peça e aquele que ficasse com o maior pedaço do osso ao partir, ganhava a aposta. Coisa de cinema.
Mais tarde, já em Ipatinga, compartilhávamos o almoço de Domingo, com o tio Miguel, tio Luiz, tio Joaquim e mais tarde tia Julita, e a famiagem das minhas irmãs, invariavelmente, de vez em quando um cunhado ficava para trás, invariavelmente o mesmo. Minha mãe, com sua magia, levava tudo a seu jeito e colocava todos sob as asas espaçosas que possuía.
O cardápio, quase o mesmo de Sem Peixe, algumas diferenças pontuais, era a qualidade do frango, em Sem Peixe, só caipira, em Ipatinga já começava a invasão dos produtos das granjas, cheios de hormônios, no resto tal e qual na fazenda (sitio) da Vozinha. Destacando a inclusão de um prato indispensável, a maionese e o pudim de leite condensado, especialidades da Titita.
Hoje mergulhado na nostalgia de tanto coisa maravilhosa, vamos falar do delicioso Risoto de bacalhau com brócolis, receita assinada, que copiamos na caixa do arroz La Pastina, coisa de cinema. Uma das melhores receitas que fizemos.
O rizoto ficou deslumbrante, extremamente equilibrado, o brocólis dando uma estabilidade no sabor, ficou maravilhoso.
A combinação do vinho branco, queijo parmesão, com o bacalhau, extremamente supinpa. A receita ainda leva azeitonas pretas sem caroço, alho, azeite, molho de tomate, caldo de peixe e manteiga.
Experimentem e tempere o relacionamento com a mulher e ou homem amado, conquiste-o pela boca como o peixe deixa se levar.
Fui o idealizador do prato a partir da receita na caixa do arroz La Pastina, comprei os ingredientes e a Jaqueline fez o prato, que era para eu mesmo fazê-lo.
Foi tudo tão perfeito que ela partiu para o sono da tarde.
Bueno apetit.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Família Cota, Cotta, sua origem

Galo que cisca, galinha que canta no raiar do dia

José Antônio do Nascimento - Sem Peixe