Verde por que te quero Verde















Após uma longa reflexão, exatamente quatro anos, há quatro anos me debruço entre a necessidade de voltar ao ativismo político e ao de permanecer neste estado de marasmo em que me encontrava.
Me decido pela filiação ao PV, Partido Verde.
Não esperava decisão diferente da que tomei, mas as necessidades que vão assolando nossas vidas, nos compromissos de pai e mantenedor de uma família. Os inúmeros problemas políticos, burilados pelas decepções do inicio da última década, permitia que o receio me dominasse.
Mas, felizmente venci o medo e a esperança rebrotou, o medo deu lugar ao sonho, e o sonho mira para a luta na construção de uma sociedade justa, respeitosa e integrada ao meio ambiente, onde haverá de ter lugar para todos.
Nasci eminentemente político.
1962 foi um ano de enorme turbulência política no Brasil e no mundo, estavam os brasileiros ainda aprendendo a entenderem o que estava acontecendo, recente renuncia de Jânio Quadros e posse de João Goulart, com implantação do sistema parlamentarista de governo, com pouco tempo de vida, em 1963 voltou o sistema presidencialista..
O mundo estava diante do medo do auge da guerra fria, Estados Unidos e União Soviética, disputavam pela mídia mundial, até um besouro, que sobrevoasse em determinado lugar com ar de liberdade.
A década de 60 veio com o movimento hippie, pregar ao mundo o sentimento forte de liberdade, paz e amor.
Na França explode a Revolta estudantil, que marcaria novo marco no calendário político mundial.
No Brasil, centenas de estudantes são presos em Ibiúna, por estarem reunidos para discutir a defesa da volta da liberdade democrática, extinta com o golpe militar de 1964.
No meio cultural nasce o tropicalismo, movimento cultural de vanguarda e contestador.
O Brasil e o mundo vivem uma década de total efervescência.
Neste ambiente, entre as montanhas de Minas Gerais, em um pequeno vale, na bela Sem Peixe, em uma maravilhosa cama com colchão de palha de milho, eu nascia, respirando os ares de liberdade, na maravilha do aconchego do meu vôzinho e minha vózinha, em seu inesquecível sítio.
Com o handcape de quem tem o sangue da liberdade correndo pelas veias, o sentido da vida na lida com o amor e o respeito, a solidariedade e a fraternidade como norte para a convivência humana, coloco-me novamente na luta, me reativo e quero ser um soldado na linha de frente para defendermos e vencermos a guerra, desta causa tão nobre, como ser um ser político nesta linda Maringá, neste belo Paraná.
Estou verde, por que voltei a sonhar.
Estou verde, por que quero esta terra verde, princípio da vida.

Comentários

Anônimo disse…
Deste limão sairá ótima limonada.
Boa sorte aos dois.
Jaime Oliveira
Maringá

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