Que os sonhos possam reinar na inteireza dos corações















Fim de semana, chuva que refresca, esperanças e sonhos que oxigenam.
Semana cheia, PUC agitada, provas e a palestra do Hélio Duque ocupando todo o espaço da preocupação.
Pavesi leonina, Cristian entusiasta, Alaércio solidário, e colegas acadêmicos entre as necessidades curriculares, incentivos para participarem, sem imaginarem o que poderá acrescer-lhes, o que poderá mudá-los.
Pelo sim e pelo não a adrenalina esteve sempre no ponto extremo, mas, pela longa convivência com o palestrante, tinha certeza de que não erraria o bote, o tiro foi certeiro. Hélio Duque foi acima do esperado, um perfeito show man, agradou a todos.

Os amigos reencontrados, saudades de tempos idos, onde a prática do exercício democrático da política era um dever cívico e os que o exerciam eram respeitados, alguns até venerados. Colegas de parlamento, a Academia, amigos da Academia, da imprensa, em todos, o prazer majestoso do reencontro. Como é bom poder olhar para o passado, ver as atitudes tomadas, as amizades feitas, os sonhos defendidos, todos nos seus respectivos espaços, mas sustentados pela bandeira da ética e da moral. Como é bom, poder trilhar caminhos já trilhados, e ter a reverência como a maior recompensa dos espinhos pisados, das dores sofridas, das árvores quebradas pelos ventos das tempestades sombrias do passado.
Como é bom poder falar aos ouvidos reticentes aos sonhos de caminhada tão recente, que no vácuo, na ausência da decência, do caráter, do amor pela pátria, os parias assumiram o papel de protagonistas, sufocando corações tão inocentes. A voz mesmo não pronunciada por você, pode ser adotada como sua, se dela e de seus sentidos compartilha.
Para mim, que troquei o crescimento fácil pela manutenção das regras do berço, pude projetar-me nas palavras do Hélio Duque, tendo sido um dos protagonistas deste ato, com a concordância e o empenho dos que um dia como eu, sonharam e sonham com caminhos diferentes dos que estamos vivenciando.
 
O sufoco que a semana proporcionou, transforma-se em regozijo do dever cumprido, de um sonho que precisa ser reconstruído, trilhado. Os gritos voltarem a serem ecoados, as mãos voltarem a empunhar as bandeiras, no mais sublime palco de transformações da sociedade, os bancos das escolas e das Academias.
Que os sonhos possam reinar na inteireza dos corações de cada um que aceitou plantar a semente, e ela possa germinar durante os próximos cinco anos.
Cada momento nos bancos da academia, seja aproveitado na construção de verdadeiros cidadãos, maior até que dos advogados, promotores, juizes e políticos, que a Academia produzirá. Que possa fazer de cada um de nós sonhadores e atores na construção de uma sociedade justa e fraterna.
Como disse Charles Chaplin “A vida é um palco de teatro que não admite ensaios. Por isso, cante, chore, ria, antes que as cortinas se fechem e o espetáculo termine sem aplausos”. Não temos o direito de ver as coisas acontecerem, a bandeira sendo manchada, as leis sendo rasgadas e não nos importarmos.
Precisamos criar dentro de cada de nós o poder da indignação, este é o único sentimento que mantém os homens e mulheres de brio, de fibra, vivos e atentos na construção permanente do amanhã.
Que a benevolência dos que respondem pela PUC, possa manter esta chama acesa, muitas são as verdades que precisamos conhecer e compartilhar.
Pavesi, Cristian e nobres colegas acadêmicos, vamos arregaçar as mangas, e fazer da PUC a nossa primeira casa, estendida aos sonhos de nossos pais.
 
Ao Hélio Duque, fica meu mais profundo agradecimento, pela longa carinhosa e tão efervescente convivência, conhecedor de suas qualidades e do que seria capaz de proporcionar a todos que se dispuseram ouvi-lo.
Aos novos a esperança, o sonho.
Aos antigos o prazer do reencontro com aquele que junto com tantos outros grandes brasileiros, já foram protagonistas e procuradores de nossos sonhos.

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