2012, em Maringá a corrida já começou



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A corrida eleitoral para as eleições de 2012, já está em curso.
Em todos os municípios os deslocamentos de pretensos candidatos a Prefeito e Vereador são obrigatórios. Os que estão eleitos não podem mudar de legenda, a pretexto de perderem seus mandatos, exceto, neste momento, se o destino for o PSD, partido recém criado e que ainda carece de registro definitivo no TSE.
Os partidos, pelo que se percebe, terão dois eixos de ações, o primeiro os que estão aliados às orientações do governo Dilma, nesta órbita circulam, PT, PMDB, PSC, PR, PSB, PDT e PP, entre estes, alguns outros nanicos, no outro eixo, os partidos que compõem a força de oposição ao governo Dilma, girando em torno do projeto do PSDB, e aí temos, DEM, PPS e agora o PSD. Correndo de forma independente temos o PV e os partidos de esquerda, PSOL e PSTU.
Há de considerar, que trata-se de eleição municipal, neste caso, a força do governador e a composição do núcleo que gira em seu entorno, pode coincidir com o núcleo que gira em torno do poder central, exceto naturalmente os partidos que estão à frente do processo político brasileiro, PSDB e PT.
Teremos nestes componentes os temperos necessários que são as composições com interesses que seguem orientações estaduais, sem esquecer naturalmente os interesses locais. Neste caso, os interesses nacionais estarão sendo levados em consideração em segundo ou terceiro plano, além dos interesses e projetos pessoais.
A partir desta reflexão, vamos analisar o que todos estes interesses, poderão interferir ou não no desenrolar das disputas pela prefeitura de Maringá em 2012.


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            Temos hoje, como principal postulante ao posto do Silvio Barros, qualquer candidato apoiado pelos irmãos Silvio e Ricardo Barros. Com enorme inserção política na periferia de Maringá, e uma adesão natural no centro da cidade, pelo composto do charme da detenção do poder, tanto no município quanto no Estado com a pasta de Secretario Estadual de Industria e Comércio ocupada pelo Ricardo Barros, aliado do PSDB. Junte-se a isto, o mandato da Deputada Federal Cida BORGHETTI, aliada do PT. Terão, portanto, muito poder de fogo, independente de qual candidato vierem a apoiar, isto, se o Ministério Público e a Justiça, não colocarem pimenta no tempero e apresentarem para a sociedade maringaense coisas que possam inviabilizar a exposição de um candidatura apoiada pelos Barros. Caso contrário, independe do nome apresentado, tanto Ulisses Maia, quanto Rocha Loures ou o Zé Luiz Borvo, seus prestígios pouca diferença fariam, e é o que menos importaria, mas sim, o peso que possuem os Barros, tanto politicamente quanto economicamente, qualquer deles, estaria sem dúvida no segundo turno. Pois esta eleição não será decidida no primeiro turno.

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            Como principal oponente aos projetos de continuidade dos Barros, aparece o Ênio Verri. Candidato mais bem colocado na eleição de 2008, deixando de ir para o segundo turno, apenas pela fragilidade das candidaturas dos outros oponentes, quando todos imaginavam melhor sorte e desempenho daqueles, tiveram desempenho pífio e quase que catastróficos. Ênio Verri, manteve o controle do PT e mais do que isto, assumiu posição de destaque estadual, presidindo o partido em todo o Paraná, o que poderá trazer-lhe grandes frutos ao fechar as amarras nas convenções em Julho do ano que vem. Tem hoje em sua volta, compartilhando com seu projeto o PMDB, o PDT, o PSC, o PC do B, e aguardando ainda posicionamento da direção nacional o PV, por orbitarem num projeto similar para Maringá. Ênio está conseguindo desvincular-se de ser PT, candidato do PT e se tornando como uma pessoa agradável e com qualificações para assumir a Prefeitura com enorme simpatia de boa parcela da população. Dos que estão à sua volta, ele corre risco de perder o PMDB e o PSC, mas tudo dependerá das circunstâncias da conjuntura nacional. Precisa distanciar da pecha de que será o oponente dos Barros, nem tão pouco posicionar-se como tal.

Foto:Site Edmar
            No caso do PSC, em Maringá, o Edmar Arruda é o seu líder, o que o aproxima hoje da candidatura do Ênio Verri, poderá afastá-lo no ano que vem. De qualquer maneira o sonho de ser Prefeito de Maringá é antigo e a força dos que o acompanham, que participam de suas decisões, muitos teem proximidade com os Barros e isto poderá vir a ser o fator determinante na hora de escolher qual caminho trilhar. Com fortes alianças no passado, Edmar e Ricardo, são mais que amigos. Podendo para surpresa de alguns, vir a ser o candidato oficial.

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            Outro candidato a considerar é o Secretario Estadual Wilson Quinteiro, que por ter o sonho de ser Prefeito de Maringá, está em seu melhor momento para ser candidato, independente do apoio ou não do governador Beto Richa, o que com certeza, pouca influência terá nas eleições maringaenses, que por tradição não costumam acompanhar estes apoiamentos, exceto, os apoios das lideranças de Osmar e Alvaro Dias, o primeiro por ser eleitor em Maringá e hoje é forte aliado do Ênio Verri, e o segundo pelo carisma e identificação do povo com ele, mas sem preferência por algum candidato dos que estão colocados. A grande dificuldade neste momento para o Quinteiro é a visualização de uma aliança que o fortifique. Todos os partidos já estão envolvidos com determinado grupo, mas como terá um padrinho muito forte que é o seu colega de partido – PSB -  e prefeito de Curitiba, o Luciano Dulcce, poderá nas costuras para a montagem do palanque em Curitiba, beneficiar-se, até porque a sua eleição seria de fundamental importância para os planos da candidatura do Luciano Ducce na sucessão de Beto Richa, caso se reeleja em Curitiba e o Beto se reeleja como governador. Fora isto, outro fator que poderá iluminar o caminho do Quinteiro, é o fato da possibilidade da polarização entre o Ênio Verri e o candidato ou candidata dos Barros, ficar muito acalorada, causando mal estar no eleitorado e neste caso, termos os desdobramentos das eleições do Ricardo Barros e de Jairo Gianoto em passado recente.

Foto:ALP
            O deputado Dr.Batista, só será candidato se interessar aos projetos da candidatura dos Barros, não que ela vá se prestar a qualquer trabalho sujo na campanha, este trabalho parece já ter dono, longe disto, mas para minar uma faixa do eleitorado que não vota nos Barros.

Foto:Rigon
            Por último aparece o nome da Zootecnista Maria Iraclésia, Presidenta da sociedade Rural de Maringá, filiada ao DEM, poderá migrar-se para o PSDB, que lamentavelmente é dominado pelos interesses dos Barros. Seria uma candidatura a considerar, pois demonstra boa desenvoltura, tem apoio logístico e seria uma novidade em termos políticos para o eleitor.

Foto:Rigon
            Os demais nomes que são colocados, de certa forma legítimos, mas sem muita consideração. O caso do vice-prefeito Pupin, a traição que ele fez ao Osmar Dias, seu  amigo há mais de trinta anos, a quem deve sua eleição como vice prefeito, por si só, já o derrotaria na primeira esquina.
            Os partidos de esquerda, PSOL e PSTU, disputarão de forma legitima as eleições com candidaturas próprias, mas dificilmente conseguirão empolgar o eleitor maringaense. Dificil, não impossível.

Comentários

Anônimo disse…
viejo, legal ver seu blog. vou acompanhá-lo.
abraços!
hasta la vista.
acmoretti
Anônimo disse…
Valeu Moreti.
obrigado.
Abraços.
Carlos Cotta

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