O que seríamos, não fossemos todos um pouquinho negros.


Dia de consciência negra.

 

Um dos tabus vividos por nós brasileiros, é, somos ou não racistas.

Se analisarmos o convívio, de forma pacata e tolerante entre negros e brancos, italianos e alemães, árabes e judeus, americanos e todos e os demais no Brasil, certamente afirmaremos que não.

O Brasil certamente é o berço da Paz entre os povos.

Nada de xenofobia.

Nada de intolerâncias raciais.

De origem portugueza e africana, nossas principais caracteristicas, e berço de tantas heranças culturais e gastronômicas maravilhosas.

Mas neste caso falaremos, de nossos queridos e amados, descendentes africanos, maior colônia brasileira, e berço de nossas melhores e humanas caracteristicas, que é a caridade e a fraternidade.

Num passeio pelas amizades, pelos colegas de trabalho, pelos companheiros das peladinhas, futebol, iremos deparar sempre com um bom amigo, colega ou craque de bola negro ou negra.

Se formos analisar as rodas de viola, as rodas de samba, as rodas de capoeira, os bailes, as quermesses, e tantas outras aventuras da juventude, vamos sempre estar lembrando dos vários amigos e amigas negros e negras.

Se formos lembrar da boa cozinha que comemos no longe da nossa vida, teremos a nossa querida ba, que cuidou de nós e nos alimentou.

Como somos na grande maioria, miscigenados de africanos e europeus, temos nos poros de nossa pele, as gotas do suor partilhado com os negros. Gostos e ações parecidas.

Além das boas companhias, das boas amizades, das histórias extrovertidas, da dependência de suas qualidades musicais, da deliciosa culinária, que juntos com infinitas outras raças, ajudaram a construir a nossa.

O que seríamos, não fossemos todos um pouquinho negros.

O que teríamos a oferecer ao mundo, não fosse a maravilhosa contribuição negra em nossos hábitos, costumes.

Se de um lado de nossa colonização, temos que pagar até hoje, pelas qualidades questionáveis dos colonizadores, vindos nos navios portugueses, deixando marca profunda de contornar, precisamos de petenitenciarmos eternamente, a forma como foram introduzidos, adentraram no Brasil, de forma violenta, humilhante e animalesca os nossos negros e negras.

Nossos negros e negras de boa fé, do bom trabalho, do fino respeito, da sublime educação.

Talvez, sejamos racistas, talvez não.

A demora da democratização ao acesso à educação, da educação universalizada, mas neste quesito, não são só os negros, aos pobres de bens materiais também foi reservado esta discriminação.

A demora do acesso universal ao bom atendimento na saúde, também os negros, os índios e todas as demais origens das raças, mas pobres, têm o mesmo problema.

Se ainda hoje, preservamos os nossos analfabetos, e construímos tantos outros nas escolas universalizadas, não podemos nos considerar preconceituosos com as raças, com a cor da pele.

Bem vindos sempre foram meus amigos e amigas negros e negras, seus descendentes e todos os seus.

Bem vindos são para os meus filhos, filha.

Que cada um de nós procuremos construir em nosso leito, gerações de pessoas iguais, respeitosas e fraternas.

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