PF prende índios, empresários e funcionários do Ibama


Agência Estado


Índios, empresários, servidores públicos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) foram presos hoje durante a Operação Mapinguari desencadeada pela Polícia Federal em cinco Estados. A quadrilha teria extraído cerca de duas mil cargas de madeira de uma área de 8,5 mil hectares do Parque Nacional Indígena do Xingu, Norte de Mato Grosso, e vendidas ilegalmente para madeireiras em Santa Catarina, Paraná, Goiás e Mato Grosso.

As 47 prisões e 57 mandados de busca e apreensão foram decretados pelo juiz da 1ª Vara Federal em Mato Grosso, Julier Sebastião da Silva, que acolheu pedido do Ministério Público Federal (MPF). As investigações tiveram início há dez meses. Ao menos 15 madeireiras em cinco Estados foram fechadas e lacradas. "Madeireiras da região mandavam as cargas para suas filiais ou clientes em Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e Goiás", disse o delegado coordenador da operação, Franco Perazzoni.De acordo com a denúncia do MPF, seis índios da etnia Trumai, identificados por Ararapan, Maitê, Gaúcho, Hulk, Itaqui e Mirim Trumai facilitavam a extração e comercialização da madeira do parque criado em criado em 1961 anos pelos irmãos Villas Boas. Além da participação dos índios, quatro servidores Ibama - Gleyçon Benedito de Figueiredo, Carlos Henrique Bernardes, Vilmar Ramos Meira e Célia Pereira de Carvalho - tiveram as prisões decretadas acusados de aprovarem planos de manejo florestal fraudulentos. Procurados pelo Estado, os advogados do servidores do Ibama e a Funai não quiseram comentar as prisões.


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