O desafio de ser mãe
Cada vez mais ocupadas, as mulheres sofremcom o dilema de não ver os filhos crescerem.Como enfrentar essa questão?
Por Kátia Mello - ISTO É -
A falta de tempo é a maior reclamação da mulher contemporânea. Filhos, cuidar da casa e dar conta do trabalho são tarefas árduas para a mãe que sai cedo de casa e chega exausta no final do dia. E ainda vai fazer o lanche das crianças para o dia seguinte, tomar a lição e, quem sabe, namorar o marido. A queima de sutiãs na década de 70 levou as mulheres a uma série de conquistas, como melhores empregos, mas não eliminou a dupla jornada. A maior parte das brasileiras – independentemente da classe social – sustenta a família ou contribui ao menos com metade do orçamento familiar. Então, como dar conta da filharada e ter uma carreira de sucesso sem sentir culpa? Muitas mães ainda se sentem penalizadas ou por não desempenhar a maternidade como sonharam ou por não se dedicar à carreira como gostariam. Quando as crianças são pequenas, o conflito é ainda maior. Mesmo aquelas que optaram por ter filhos mais tarde, e teoricamente teriam mais condições de equilibrar com habilidade essa balança, se cobram.
Para a historiadora Maria Izilda Matos, do Núcleo de Estudo da Mulher da PUC-SP, as mulheres são educadas pelas instituições – igreja, escola e família e até a própria medicina – a reforçar a idéia de ter a responsabilidade pela família e, principalmente, pelas crianças. Essa responsabilidade dá mais poder à mulher, mas, ao mesmo tempo, eterniza a culpa nos cuidados com a criança. Se o filho adoece, expressa a ausência materna ou vai mal na escola, a mãe logo se sente culpada. Afinal, mãe não foi feita para errar. “A maternidade não é instinto. Ela é uma construção social histórica que culpabiliza a mulher”, afirma a historiadora. Mas há uma geração dessas mulheres contemporâneas que vem questionando esse comportamento e trata de resolver essa equação de diferentes maneiras.
Para a historiadora Maria Izilda Matos, do Núcleo de Estudo da Mulher da PUC-SP, as mulheres são educadas pelas instituições – igreja, escola e família e até a própria medicina – a reforçar a idéia de ter a responsabilidade pela família e, principalmente, pelas crianças. Essa responsabilidade dá mais poder à mulher, mas, ao mesmo tempo, eterniza a culpa nos cuidados com a criança. Se o filho adoece, expressa a ausência materna ou vai mal na escola, a mãe logo se sente culpada. Afinal, mãe não foi feita para errar. “A maternidade não é instinto. Ela é uma construção social histórica que culpabiliza a mulher”, afirma a historiadora. Mas há uma geração dessas mulheres contemporâneas que vem questionando esse comportamento e trata de resolver essa equação de diferentes maneiras.
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