Justiça confirma denúncias da CPI do Futebol e condena Eurico Miranda
As denúncias e investigações feitas pela CPI do Futebol, presidida pelo senador Alvaro Dias (PSDB/PR), foram confirmadas pela 4ª Vara Federal Criminal que, na noite desta quinta-feira (10/05), condenou o ex-deputado e atual dirigente do clube Vasco da Gama, Eurico Miranda, a dez anos de reclusão e ao pagamento de multa de aproximadamente R$ 53 mil por crime contra a ordem tributária. Segundo o Ministério Público Federal, o ex-deputado deixou de declarar em 1999 e 2000 cerca de R$ 274 mil, que teriam sido movimentados em contas de laranjas. Segundo o juiz Flávio Oliveira Lucas, como Eurico Miranda era deputado federal na época dos fatos, seu comportamento foi caracterizado como “conduta contrária àquela que se poderia esperar de um representante popular". A denúncia do Ministério Público diz que Eurico Miranda declarou de imposto de renda cerca de R$ 274 mil, omitindo na sua declaração anual a renda que era movimentada em uma conta corrente em nome de Aremithas José de Lima e em outra conta de titularidade da empresa Brazilian Soccer Camp Incorporated. CPI comprovou que laranja movimentava recursosEm 2001, a CPI do Futebol ouviu Aremithas José de Lima, suposto laranja do dirigente do Vasco, e comprovou que a conta corrente de Aremithas foi utilizada para movimentar recursos do Clube de Regatas Vasco da Gama e do seu então vice - presidente Eurico Miranda, assim como a conta da Brazilian Soccer. A CPI também afirmou, na época, que Eurico tinha adquirido em 1999 um apartamento em Botafogo no valor de R$ 220 mil para sua esposa. Esse valor foi pago em duas parcelas de R$ 70 mil e R$ 150 mil, com cheques de Aremithas.A CPI denunciou ainda que o dirigente do Vasco usou cheques nos valores de R$40 mil, R$ 50 mil e R$ 30 mil, emitidos pela Brazilian Soccer para um empréstimo à empresa que seu filho, Mario Ângelo Brandão de Oliveira Miranda, é sócio. No fim das investigações, o presidente da CPI, senador Alvaro Dias, encaminhou as investigações ao Ministério Público e pediu o indiciamento de 17 dirigentes de clubes, entre eles Eurico Miranda.
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