O bilionário leilão de cargos


Revista Época -

Murilo Ramos e Ronald Freitas

Há no governo 24 mil postos de confiança e 11 partidos cheios de apetite. O país conhece bem essa experiência e ela não costuma dar certo

A diretoria de exploração e produção da Petrobras é estratégica para a estatal e para o país. Ela é responsável pela prospecção e exploração de novas e antigas reservas de gás e petróleo. Se o Brasil quiser manter a autosuficiência em petróleo e reduzir a dependência do gás da Bolívia, precisará de uma boa gestão da diretoria. Para gerir seu orçamento anual de R$ 23,5 bilhões, a escolha do ocupante do cargo deveria se basear principalmente em dois critérios: competência técnica e passado limpo.
Não é isso o que ocorre em Brasília. A definição deverá se dar por vínculos políticos e partidários. Uma disputa acirrada está em curso entre PT e PMDB, os dois principais partidos da coalizão montada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para assegurar apoio político ao governo no Congresso. A primeira opção do PMDB para a diretoria da Petrobras é o ex-governador do Rio de Janeiro Moreira Franco. O PT resiste. Insiste na permanência do atual diretor, Guilherme Estrela, petista com histórico de atuação no movimento sindical dos petroleiros.


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