Geraldo Cota, meu ídolo
Hoje é dia de festa no arraial do primogênito da dona Matildes e do Sr. Augusto, festança à base de joelho de porco, canjiquinha acompanhado da bela Guimarinho, que todas da família adoram, menos este mortal aqui que vos escreve.
Meu
primeiro irmão, primeiro filho de minha mãe e do meu pai, nascedouro nos belos
ares do nosso adorável Sem Peixe, foi privilegiado em quase todos os sentidos.
Além
de ser o mais provido de inteligência, tem o equilíbrio como pilar de sua vida.
A
inteligência e o equilíbrio o propiciou belos vôos, frutos do uso do seu tempo
com tudo que lhe foi e é importante.
Como
ex seminarista, é talvez o único que postou-se em seus relacionamentos,
praticando a Filosofia, e como bom aluno, nunca aceitou nada com resposta
pronta, e ainda não aceita.
Carinhoso
e extremamente dedicado à família, construiu a sua em torno de seu ninho,
princípios e valores, que majestosamente sua prole o copiaram.
Em
minha vida tenho centenas de belas passagens com meu irmão primogênito, enumerá-las
seria certamente indelicado com outros momentos também belos que esquecesse.
Foi dos
irmãos um dos alicerces para minha aventura amorosa da qual nasceu minha
família, como seu inquilino por quase dois anos, foi em seus ombros que
descarreguei várias de minhas carências e necessidades afetivas.
Ao
lado da Nancy, neste quesito, são páreos ao Tio Manoel e à Tia Lúcia.
Com
o Lalau aprendi muitas coisas, a ouvir muito, a falar menos, a saborear algumas
coisas, e a afirmar –me como alguém que procurava as nuvens, quando os pés
ainda estavam nos chãos.
Sua
grandiosidade no respeito ao contraditório, muitas vezes me anestesiava, mesmo
que mais tarde, em momentos, deslize nos provérbios, satisfazendo seu hobby,
que lhe implica posturas menos convencionais aos contraditórios.
Quase
padre, quase goleiro, quase professor, quase.
Cruzeirense
de alto naipe, jogador de truco, de xadrez, sinuca, ping pong, porrinha, e
quase maratonista.
Confrade
das boas práticas, carrega em seu coração a bondade do velho pai, respeitoso ao
extremo, é sem dúvida nenhuma, meu pequeno, grande ídolo.
Quando
estou do seu lado me sinto confortável, acolhido, amado.
Felicidade
sempre meu querido e amado irmão, Geraldo Magela Cota de Souza.
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