De caminhos e sonhos














 As caminhadas que produzimos na estrada da vida, muito carregamos dos encontros e desencontros dela proporcionado.
Andei e caminhei em diferentes batalhas, construí castelos em meio a sonhos, utopias, e vi, sonhos realizados, castelos majestosamente admirados e utopias parcialmente utópicas.
Cruzei em caminhos diversos, encruzilhadas lamacentas, com odores insuportáveis, ao fazer a opção correta, consegui atravessar a lama e os odores ficaram no tempo e impregnados àqueles que deles faziam festim.
Dos sonhos, permeamos vitórias, conquistas eternas, os que da mordaça um dia fizeram instrumento, hoje vivem na magnífica ordem natural, orelhas que ouvem, bocas que expressam o que o cérebro produz, mesmo que, a imprudência bafore palavras fora dos contextos.
Da igualdade geral e irrestrita, nasce a igualdade geral, a utópica irrestrita, fica restrita, pois igualdade irrestrita, só na pregação dos versos mal interpretados.
Dos conceitos criados, o domínio do pré, ainda domina e breca a evolução de todos que valora o desconhecimento, em detrimento da evolução dos tempos.
A verdade, que um dia foi absoluta, demonstrou ao longo do caminho, que a verdade, nunca é absoluta, e na sua relatividade, não aceita explicações e não faz da sua, a verdade de outrem.
Dos pés e mãos da mocidade, sobrepõe os calos e as marcas do tempo, através do conhecimento aprofundado na construção de um caminho, que um dia foi sonho.
Do conhecimento acumulado, criamos gorduras intelectuais, quando utilizadas, o são, quando não, viram obstáculos e evolui para a demência, a atrofia pelo não uso, coisa natural, que a divindade explica.
O que ontem os pés, marcaram o caminho, as vozes bradaram a emoção dos sonhos, as mãos desenharam o desenho perfeito, hoje pode apenas ser um lapso no tempo.
A fervura e o calor de um tempo remoto, águas frias e tranquilas se transformaram, movimento natural, o fogo mantem o braseiro com boa lenha, o fogo se apaga com qualquer água, desde que haja volume para tal, o fogo de ontem, pode manter-se braseiro, a água turva, naturalmente se purifica.
Nas vozes ouvidas do berço ao altar, por tempo sons dos céus, por tempo implicâncias indomáveis, por longo tempo e para a eternidade, sons dos deuses, massagens aos ouvidos, néctar de um coração saudoso, mel eterno do espirito.
Impedidos de olhar para o futuro imaginando-se, reinamos ao poder pelos instrumentos naturais olhar o passado, podendo nele caminhar o caminho inverso, se nesta caminhada tivermos encontrado alegrias, amor, caridade, solidariedade, fraternidade.
Um passo nos separa do bom futuro, mesmo que não possamos imaginá-lo.
Dos sonhos, passos, caminhadas, castelos, rosas, girassóis, lírios e violetas, construímos uma vida, uma cortina transparente se abrirá, mesmo que dela nada se espere, é a lei natural.
O bom sono vem dos sonhos tranquilos.
A boa prosa, vem da boa fala.
Os bons perfumes vêm das boas flores.
O bom fruto vem da boa árvore.
O bom berço, é berço da boa eternidade.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Família Cota, Cotta, sua origem

José Antônio do Nascimento - Sem Peixe

Galo que cisca, galinha que canta no raiar do dia