Quem dormir primeiro apaga a luz
















Das coisas boas da vida, conseguimos imortalizar algumas.
Desde que nascemos até à idade madura, ou seja, a que você se encontra, caminhamos e deixamos várias pegadas pela areia.
Como filhos, sobrinhos, netos, ou (as), marcamos sempre e deixamos no coração daqueles que nos amam e nos rodeiam, lembranças únicas.
Até que um dia, por diversas razões tudo vira saudades, boas e gostosas lembranças, ou enormes decepções ou frustrações.
Tenho tido um saldo positivo, apesar das dores e angústias das dificuldades, mas, que pelo próprio perfil que carrega como ser, me faz ser desta forma, e por sê-lo, as facilidades passam longe do meu caminho.
Curto tudo que me envolve e apaixonado pelas  coisas belas que tenho.
Umas das coisas marcantes em nossas vidas, é o prazer do filho ou filha, exigir nossa presença na hora de dormir.
Como já tenho dois enormes cruzeirenses, arrumamos uma pequena, que há oito anos nos consomem.
Eu, como estou militarmente caseiro, curto tudo e a todos, naquilo que a vida me presenteia.
Da comida feita por qualquer um deles, ao ritual de fazer minha cinderela dormir.
Ainda nos sonhos infantis e a percepção dos detalhes das conversas, as pérolas, vão aflorando.
Do pai nosso entoado como libertação do amor ao criador, ao cafuné para que o sono domine este corpinho dos anjos.
O cafuné, ritual obrigatório da dona formiguinha, às conversas soltas com deliciosas gargalhadas, apontam para um sono duplo, na maioria das vezes, ao sono solo, com a segurança do pai protetor ao lado.
A tudo ela percebe e tenta dar conta e dominar, mas ao sono, não consegue, recarrega a bateria e no novo sol, tudo se repete.
- Quem dormir primeiro apaga a luz.
- Depois de alguns minutos – Mas pai, como apagar a luz, quem dormir primeiro?
- Filha isto é coisa de geração para geração.

O sorriso domina, o sono leva para ele, a energia de minha bela Princesinha.

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