Praia, areia, Matinhos
Praia, areia pura
Areia pura, nem sempre é
praia
Praia pode ser de água doce
Praia pode ser de água
salgada
Praia de água doce;
Praia de Rio;
Praia de Lagoa;
Praia de Represas;
Praia de Córregos;
Praia de Corguinhos.
Praia de água salgada;
Praia do Mar;
Praia do Mar vivo ou Mar
morto.
Para quem tem o prazer de
morar à beira mar
Terá o prazer de acompanhar
As mudanças da Praia
As mudanças na Praia
Mesmo prazer de quem mora à
beira do Rio
Da Lagoa, de Represas, de
Córregos, de Corguinhos.
As praias são como curvas de
níveis
É o amparo das coisas,
trecos, naturais e não naturais
É o amparo dos trecos
conscientes e da inconsciência do homem.
Quando chove, muito ou pouco,
As praias, prainhas e margens
mudam seus formatos.
As coisas e trecos, viram
entulhos, nas praias.
Naturais, a natureza sabe
como aproveitá-los.
Da inconsciência do homem,
trará sempre prejuízo e dano à natureza.
A natureza prefere se
alimentar dos naturais.
Quando as chuvas são intensas
e permanentes
As praias dos Rios, Riachos,
Córregos e corguinhos,
Por exigência da Natureza
envia os trecos e coisas,
Para frente, para baixo, até
chegar ao coração da mãe das águas,
O Mar.
E o Mar, mesmo sendo mãe,
devolve para a praia, tudo que não lhe é grato.
Hoje o Mar de Matinhos
Respeitando ordem da mãe
natureza
Devolveu à praia
Tudo que não lhe pertencia
Tudo que não lhe era grato
Galhos de árvores
Troncos de árvores
Raízes de árvores,
Bambus, sementes,
Olhos de boi, algas,
Janelas e portas de madeira,
Porcos e tartarugas.
Muitos trecos e coisas do
homem inconsciente,
Garrafas pets, garrafas de
vidro,
Chinelos, botas, sandálias e
bicos.
Frascos de remédios, do homem
e de animais,
Peças de fábricas, de linha,
de fios, de barcos, de navios.
Latas de chocolate,
pesticidas, herbicidas, leite e azeite.
As raízes soltas e nos
troncos, leves e de meia tonelada,
Palcos de quadros, nas fotos,
do lado, ou em cima.
As portas que um dia abriram
e fecharam,
Mostraram e protegeram,
quantas histórias e vidas
Passaram e nasceram, no
silêncio do cacareco que um dia foi porta.
As janelas, jogadas,
amontoadas no entulho, que abriram e fecharam,
Com a imagem da bela, que na
seresta do namorado
Pode ter tido vida e hoje é
um treco, cacareco.
Na praia, entulho.
Em casa, será um porta
retrato.
Outra história ajudará a
escrever.
Até que um dia o mar
novamente a devolver.
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