O sonho ou a tirania




Na política existe um tradicional ditado “o cavalo não passa ensilado duas vezes em sua frente”.
Dito isto, quero leva-lo ao exercício da memória, o momento da miséria moral e ética do governo LulaPeTista em 2005 bem no auge das denuncias do mensalão, a oposição tinha todos os elementos possíveis para uma abertura do processo de impecheament do então Presidente Lula, mas no auge da arrogância tucana, fraquejou.
Todas as denuncias levadas a público pelo então deputado Roberto Jeferson, a quem o Brasil lhe é grato, e as demais denuncias levantadas, nos Correios, Palocci, Delúbio Soares, Genoíno, Silvinho Roud Lover, Zé Dirceu, Professor Luizinho, Marcos Valério, desmentidas pela cúpula petista e automaticamente confirmadas pelos fatos, documentos e depoimentos. Uma a uma as versões confirmavam-se aos fatos e os desmentidos eram igual enxugar gelo, quanto mais tentavam, mais o gelo derretia.
 Em um depoimento bombástico na CPI dos Correios o doleiro Toninho da Barcelona, declarou que o PT tinha uma conta clandestina, fora do País e que era operada pelo Trade Link Bank, uma offshore vinculada ao Banco Rural – Década Perdida, pag.113, Marco Antonio Villa -, a oposição, leia-se Fernando Henrique Cardoso, orientava para que deixa-se o PT e o Lula sangrarem, sem impeachement, e a derrota deveria ocorrer naturalmente nas eleições em 2006. Erro fatal.
Em Dezembro de 2005, precisamente dia 15, o Datafolha divulgava uma pesquisa em que José Serra, então Prefeito de São Paulo, derrotaria Lula no Primeiro turno. José Serra estava apenas dois anos como Prefeito foi vencido pelo desejo de Alckmin, então governador de São Paulo, em mais um erro do PSDB, como candidato para enfrentar o combalido PT, Lula e toda a sua história.
José Serra aparecia à frente de Lula pelo recall da disputa com o Presidente Lula e pelo bom trabalho desenvolvido frente à prefeitura paulistana. O PSDB mais uma vez se perdia nos caprichos de suas lideranças que politicamente orientavam-se com Fernando Henrique, que politicamente nunca teve grande destaque em suas decisões, teve sempre ancorado em grande figuras nacionais do PSDB, PMDB e do falecido Sérgio Motta.
Optando pelo Geraldo Alckmin, que matreiramente seu marqueteiro de forma incompetente o apresentou como Geraldo ao Brasil, as oposições, tendo como cabeça o PSDB perdeu a chance de derrotar o governo corrupto do PT, assim era o que estabelecia-se.
Lula, ancorado em Collor de Mello, Edir Macedo, José Sarney, Romero Jucá, Severino da Silva, Paulo Malufe e tantos outros políticos nacionais conhecidos como afanadores do poder e dos recursos da viúva como diria Élio Gaspari em dezenas de publicações na Folha de São Paulo, conseguiu montar palanques regionais mais esdrúxulos e impensáveis, mas que proporcionaram-lhe a peso do ouro do contribuinte as compras necessárias e os votos possíveis para vencer as eleições em segundo turno contra Geraldo Alckmin, o que seria menos provável se o adversário tivesse sido o José Serra.
Agora novamente o cavalo passa à frente das oposições.
Com arreio menos macio do que as eleições de 2006, as eleições de 2014, colocará mais uma vez toda uma herança de falcatruas, corrupções em praticamente em todos os Ministérios da República, envolvendo praticamente todas os seus níveis, com os denunciados no Mensalão condenados e presos pelo STF.
A inédita prisão de homens tidos como públicos, por roubarem o dinheiro do povo, só foi possível por que o STF nomeou um senhor regente, que atende pelo nome de Joaquim Barbosa, maior personalidade brasileira dos últimos tempos. Enfrentando o aparelhamento da Suprema corte pelo governo PeTista, Barbosa foi derrubando e ultrapassando cada um dos obstáculos e colocou no xadrez, os protagonistas do Mensalão que foram condenados, capitaneados pelo José Dirceu, Delúbio Soares, José Genoíno, Marcos Valério, deputados federais, banqueiros, banqueiras, secretárias e dirigentes políticos.
Dentro deste prisma, a sociedade brasileira deu uma despertada no inverno de 2013, milhares de brasileiros foram às ruas exigindo uma sociedade mais justa, sem corrupção e com uma série de reivindicações de melhorias nos instrumentos públicos. Basicamente colocando em cheque os agentes públicos corruptos e os não corruptos.
Mais uma vez o governo LulaPeTismo, entrou em cena e em cima da incompetência das oposições, por inanição e com declarações esdrúxulas se colocando no cerne das razões dos protestos, o governo Federal através de seus agentes políticos em movimentos sindicais e alguns movimentos sociais, procurou espalhar o terror em meio às pacíficas manifestações, patrocinando-as para amedrontar e afugentar a todos que estavam nas ruas pelo desejo de mudanças.
Procurará o PT e seus aliados fazer frente a todo tipo de recurso para manterem o poder em suas mãos, mesmo que arrasem a economia do país ou que quebrem a Petrobras, para eles nada fará diferença, apenas a manutenção do poder.
A oposição dividida com dois polos distintos.
Marina Silva e o governador de Pernambuco Eduardo Campos num campo único o PSB e o PSDB com o que lhe restar através da candidatura de Aécio Neves, que tanto elogiou o Lula em suas campanhas para governador, mostrar ao povo brasileiro o que não quis mostrar ao povo mineiro em oito anos como governador.
O ano de 2014 que prenuncia uma catástrofe econômica no Brasil, precisara de uma oposição mais atenta, com ouvidos mais apurados para sintonizar com o pulsar das ruas, saber interpretar sua voz e fazê-la ecoar e repercutir.




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