Maringá 23 vereadores e os poderosos










Vendo este adesivo, dá até medo.
Faz lembrar o tempo da inquisição.
Se a Constituição Federal permite e autoriza determinado numero de vereadores, deputados estaduais e federais, por cada município e Estado brasileiro, por que toda esta campanha contra?
O que a Igreja pelo seu histórico de imposição de suas vontades e de suas ideologias à humanidade tem que entrar nesta discussão, com posição não democrática, mas sim, de imposição do pensamento de algumas de suas lideranças?
Os estragos do passado, não serve de referência para a atualidade?
Os perdões pedidos pelo Papa, pelos erros cometidos, pelas catastróficas posições de apoio a ditadores, facínoras, nazistas, não serviu de exemplo?
Será que a Igreja debateu com seus fiéis o que acham desta sua posição, ou melhor, o que os seus fiéis acham de assunto tão relevante?
O que leva o presidente da ACIM a fazer tamanho movimento contra o aumento de vereadores na Câmara Municipal?
Que tipo de debate propuseram entre os seus filiados para chegarem a esta posição, ou apenas atenderam ao pedido do seu chefe mor, ou de seus parceiros mor, que toda sociedade maringaense sabe quem os são.
O que os atuais vereadores teem que debater, é se desejam uma oxigenação do legislativo, com uma participação plural de toda a sociedade ou apenas atender aos ditames de alguns poucos, que predominam-se pelas investiduras financeiras, poderosas, tanto no campo material quanto no pressuposto domínio espiritual, ou em nome deste.
Por que atender a uma demanda tão estreita, com custos milionários, bancados por poucos, que defenderam interesses também de poucos, em detrimento de estender esta participação, com possibilidades de eleições de pessoas comuns da sociedade, descompromissadas com os interesses destes poucos que dominam a política e a economia da cidade?
Amanhã, estes mesmos que no passado, suas instituições, em sua maioria acorvadaram-se e sustentaram o regime militar, irão defender a participação ainda menor, e mais à frente o fechamento das câmaras, das assembléias e do congresso nacional. Defendem o mínimo, o mínimo que inclua o povo, e o máximo que destina-se às suas ambições.
Travar esta discussão no campo do custo para a sociedade é mesquinharia, os sonegadores dos impostos e beneficiários de isenções fiscais, são os que defendem a menor participação na Câmara de Vereadores. A qualquer dificuldade recorrem aos cofres públicos com financiamentos e benesses que os mantêm de pé. Apóiam os políticos que aí estão, financiando e bancando suas campanhas.
Os custos do poder legislativo é constitucional, o percentual que o poder legislativo recebe é definido pela Constituição Federal.
Querem rasgá-la?
Esta onda de devolução dos recursos não gastos no gerenciamento da Câmara, mostra certa incoerência do seu presidente, alguma coisa deve estar errado. Será que possuem técnicos qualificados e capacitados para que possam analisar as prestações de contas apresentadas pelo executivo? Será que possuem técnicos qualificados o suficiente para analisarem as propostas encaminhadas pelo poder executivo?
Por que não levar a Câmara para ficar mais próxima da população, reuniões itinerantes, abrir para manifestação popular, tribuna popular, ouvir os seus reclames inteirar de suas necessidades?
Porque devolver o dinheiro para o Executivo é mais fácil, joga para a mídia e vai aos poucos enterrando-se no conceito de sua propensa inutilidade. Coloca no colo dos devoradores da consciência da população, que, vulnerável permitem serem manobrados como ventríloquos.
Quando uma instituição da representatividade da Igreja Católica une-se aos representantes do capitalismo mais parasitário da comunidade para defender uma posição, bom sinal não é.
Abramos os olhos.
Este adesivo é simplesmente repugnante, reflexo dos cérebros que o defendem.

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