Vem o Bezerra e o Menezes, na mesma toada















Tem hora que queremos escrever.
A hora é boa.
O teclado parece aqueles seios, que um dia te conquistou.
Os dedos ficam saltitando nas mãos.
No cérebro as palavras vão surgindo.
O tema, para o texto, primordial.
O tema, para quem escreve, nem tanto.
Pega-se um ponto e faz-se uma novela.
Como um pintor, que no branco na tela, imaginou a Monalisa.
Poderia falar do Natal e os sonho depositados.
Poderia falar da política, com os políticos já diplomados.
Poderia falar da miséria, com a barriga cheia.
Poderia falar do dinheiro, com o bolso vazio.
Poderia falar do Cruzeiro, ainda com o brasileiro roubado.
Poderia falar do coelho, da galinha, da vaca, do porco.
Poderia falar do primogênito, que fala da destruição do planeta pelo pum dos bois, das vacas.
Mas, vou falar do papai Noel, que hoje serei.
Na terra que escolhi, para hoje ser rei.
Nos domínios dos espíritos, que me chamam em toada.
Vamo lá papai Noel, dar presente para molecada.
Vem o Bezerra e o Menezes, na mesma toada.

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