Papai leve esta bonecona para dudar
Em todos os movimentos que fazemos, nós, pais de família, procuramos acentuar as coisas que gostamos, para, em determinado momento ver nossos progenitores (as), acompanhando-nos.
Seja ao vestir a camisa do nosso time preferido, Cruzeiro, lógico.
Seja ao falarmos de política.
Seja ao relacionarmos com as pessoas, que umas, ou algumas, tornam-se nossos amigos.
Seja ao rodearmos em um momento de lazer, a carne, a cerveja, o vinho, o refrigerante ou a tradicional cachaça.
Seja ao destacarmos as nossas profissões.
Seja no saborear no dia a dia as deliciosas comidas feitas em nossos maravilhosos fogões.
Um macarrão em um dia, filezinho de carne de porco acebolado, rabada, vaca atolada, franguinho com quiabo, um delicioso risotinho e por aí vai.
Seja na pratica de aproximação com o nosso criador.
Cada um, a seu modo, com sua crença.
Ontem para minha surpresa, ao chamar pela Gabriela, para beijá-la antes de ir para o centro espírita, ela me chamou para subir ao seu quarto, onde se encontrava.
Respondi que não iria, pois estava atrasado.
Aí ela insistiu, e intimou, só um pouquinho papai.
Não resisti e subi até o seu quarto.
Chegando na porta do seu quarto, ela me disse em voz alta e determinada.
- Papai, pega esta bonecona aí e leva para o centro espírita, coloque naquela caixa lá que é para DUDAR.
Meio assustado, num átimo de segundo, procurei identificar este novo verbo.
DUDAR.
Aí me veio à cabeça. Ela quer doar a sua bonecona.
Falei para a Gabriela.
- Ô filha, o papai leva sim. Então você quer DUDAR sua boneca?
- É papai. Coloque naquela caixa grande lá, que é para eles DUDAREM para uma criancinha que precisa.
Dito e feito.
Não precisaria nem ir ao centro espírita ontem.
Minha noite de estudos já estava realizada.
As psicografias vindas ontem no centro, ao meu intermédio, foram todas giradas em torno da doação.
Que nosso criador nos façam permanentemente DUDADORES.
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