Campanha presidencial, não é a TV a vilã do Serra


Se a eleição fosse hoje, pelo Datafolha, a candidata do PT venceria no primeiro turno. 


Analisando pesquisa data folha, http://www1.folha.uol.com.br/poder/793939-dilma-tem-50-e-serra-28-aponta-datafolha.shtml , sobre a disputa eleitoral para Presidente da República, constata-se que, o momento ruim da campanha do Serra não foi o horário eleitoral como a mídia tanto fica propagando.
O pior momento ocorreu na pesquisa publicada em 23 de Julho, quando a candidata petista Dilma Roussef, aparece empatada com Serra, ele com 37 e ela com 36%. Na próxima pesquisa, publicada em 12 de Agosto, uma semana antes do horário eleitoral, Dilma já abria uma vantagem de 8 pontos, aparecendo com 41 e 33% respectivamente. Na pesquisa de 20 de Agosto, poucos dias após o inicio do horário eleitoral, onde o instituto afirmava que a grande maioria dos entrevistados não haviam assistido ao horário eleitoral, Dilma cravou uma diferença de 17%, 47 a 30%, respectivamente, na outra pesquisa divulgada em 24 de Agosto, a diferença aumentou dentro da margem de erro ela aumenta a diferença para 20%, mas a movimentação dela, quanto a do Serra, estão dentro da margem de erro, 49 a 29%, respectivamente.
Na pesquisa divulgada hoje, ela amplia a vantagem para 22%, só que dentro da margem de erro. Então o que serve de consolo para a campanha tucana, e que deverá estar causando preocupação na campanha de Dilma, é que ela bateu no teto e o mesmo ocorre com o Serra, na sua queda.
Considerando que de 20 de Julho a 20 de Agosto, ela abriu 17%, e que de 20 de Agosto até hoje, 15 dias portanto, ela variou na margem de erro, é sinal que já foi insuflada em seu teto.
Analisando o que mais deveria preocupar o Serra, o porque desta diferença criada, entre os dias 23 de Julho e 20 de Agosto, o que poderá aí sim definir as eleições a favor da Dilma, e não o programa da televisão, foram as composições regionais.
Enquanto o presidente Lula, optou em ganhar as eleições para presidente e melhorar o apoio no Senado, José Serra e o PSDB, preferiram não priorizar nada.
Ainda como governador, José Serra não se preocupou com as montagens dos palanques regionais, preferiu se afastar ou omitir-se, quando chamado a ajudar ou a intervir, no fortalecimento dos palanques regionais, isto quando tinha totais perspectivas de vitória, pois em 26 de Março, o Datafolha divulgava pesquisa, com Serra numa vantagem de 10% sobre a Dilma, 39 a 20%, respectivamente. Este foi o melhor desempenho da Dilma, ante os resultados dos 6 meses anteriores, quando a diferença, era mais do que o dobro.
Apresentando palanques regionais recheados, e com a oposição tenta surfar na onda dilmista, o que poderá vir a ser o maior erro dos palanques regionais, esta poderá ser a diferença, vantagem da candidatura Dilma.
Por outro lado, ao contrário do que vem analisando os articulistas dos jornais, o programa eleitoral, que apresentou à população de forma equitativa, a candidata lulista, o que a trouxe até este patamar que aí está, poderá ser o mesmo, que fará a recuperação do Serra, e mexerá também com a Marina, que na minha opinião fará de 16 a 20% dos votos.
Serra perde hoje em todas as regiões do país. Mas ele tem um enorme espaço para recuperar-se nas regiões, Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
No Sul, Paraná e Rio Grande do Sul, são estados que ele poderá voltar a ocupar a primeira posição, e onde a Marina Silva, também poderá colocar água no tempero da Dilma.
No Sudeste, São Paulo e Minas Gerais, poderão voltar ao equilíbrio. São Paulo, onde foi Prefeito e Governador, terá obrigatoriamente de ganhar e em Minas Gerais, com a vitória de Anastásia se consumando, será natural que nos dez dias restantes, tanto o Aécio quanto o Anastásia irão desenvolver ações propositivas a favor do Serra. É natural que neste momento, estejam preocupados em ganharem as eleições no estado de Tancredo, garantida a vitória, impulsionarão a campanha do tucano Serra.
Na região Centro-Oeste, onde o desempenho da Dilma reflete, o desempenho nacional, com os mesmos números, haverá pela vitória em primeiro turno do André Puccineli, em Mato Grosso do Sul, deverá ter o mesmo efeito de Minas Gerais.
Propaganda de televisão tem efeito definitivo a partir de 20 de Setembro, defini-se a eleição na última semana, exceto, naturalmente, quando um candidato sai com 60, 70% dos votos, e os adversários não tem nem como tirar as gorduras existentes.
Numa disputa nacional, cheio de nuances regional, a vitória, só depois dos votos contados. Ainda mais agora quando José Serra falou para o povo brasileiro, que ele é oposição ao governo que aí está.
A campanha para presidente começou na quinta feira, dia 02 de Setembro.
Ah, o PSDB, suas lideranças, precisam saber que política se ganha com partido político forte, não com partido que parece mais bancada de negócios e que para agregar aliados, precisamos (em qualquer circunstância da vida)  provar-lhes a importância que teem para nossos projetos.
            

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