Fui criado à beira do fogão a lenha, assando queijo no garfo de ferro





































O que as mulheres, em sua maioria, detestam por serem obrigadas, os homens iniciam uma caminhada em sua direção como hoby, a arte de cozinhar, tem levado muitos a arriscarem algumas pitadas na cozinha alheia.

No meu caso, por origem mineira, me afastei das barras da saia de minha querida e amada mãe, em 1.983, naquela longínqua data estava com vinte e um anos e meu paradeiro foi a acolhedora Colorado no Paraná.

Acabei por curtir a culinária italiana, espanhola, alemã, paulista e finalmente reafirmar minha paixão pela culinária mineira.

Enquanto solteiro, tive que saborear deliciosos pratos salgados e doces da tia Lúcia e do tio Manoel, uma mescla de culinária mineira (o pai da tia era mineiro, mas do sul de Minas, com hábitos diferentes) era uma judiação, pão de queijo, doces em compotas, bistecas na chapa, arroz e feijão maravilhosos, doce de leite, a tia Lucia é uma cozinheira de mão cheia, extremamente aplicada e o mais importante nestes casos, cozinha, só se dá bem na cozinha, quem gosta da cozinha.

A tia Lucia adora a cozinha, este era um dos seus segredos.

Quando casei com a minha querida Jaqueline, ela fez de tudo para adaptar-se à cozinha mineira e teve a minha mãe, em vários momentos como sua professora. Aprendeu e aprendeu bem a fazer a maioria dos pratos mineiros.

Neste ínterim, passei a ditar a minha preferência por determinados pratos, ela os incorporou e hoje, por tradição, nossos filhos, Gabriel e Felipe adoram todos os pratos mineiros.

Como em alguns casos, tive que ficar próximo ao fogão para ajudar a Jakky na elaboração de determinados pratos, aí iniciei um périplo pelas cinzas do fogão a lenha.

Em vários momentos ligávamos lá em Minas para a mãe, tia Julita ou tia Nana, solicitando ajuda em determinados pratos.

Ainda tive outra orientação.

Fui criado à beira do fogão a lenha, assando queijo no garfo de ferro, tomando leite queimadinho, que ficava o dia inteiro no fogão a lenha para ser tomado no final da noite, após o jantar e antes de ir para a cama, pois mineiro que se preze não vai para cama sem dar uma merendada.

Nestas idas e vindas acabei me encontrando na própria cozinha.

Feijoada, rabada, moqueca capixaba, geléia de mocotó, lasanha com massa caseira, molho aqui em casa, sempre caseiro, não se compra nada em tomate enlatado, exceto o tal de kat chup.

Recentemente, perambulei por lojas especializadas em Maringá, Curitiba e Campo Grande à procura de um cilindro elétrico, para fazer as massas, pães e lasanhas, necessitam de muita cilindrada, não encontrei.

Para minha surpresa e para as boas receitas que iremos fazer, este fim de semana, caiu um belo e lindo cilindro elétrico em meu colo.

Que maravilha.

Obrigado a prima Ilda Delazari, primeira professora de Colorado e uma das primeiras a sobrear a primeira lasanha do seu ex-cilindro.

O estreamos ontem mesmo com uma bela lasanha no sitio do Tio luis.

A tia Alda foi convidada e patrocinadora de honra.


Comentários

Anônimo disse…
Bom também heim Tio, só não sabia dos teus dotes culinários...hahaha
Nunca ouvi falar!
Anônimo disse…
Quem é este carudo que escreve em meu blog e não assina.
Abçs

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