Polícia abre inquérito para apurar acusação de racismo (25/06)


















A Polícia Civil de Minas Gerais instaurou nesta quinta-feira um inquérito para apurar a acusação de racismo feita pelo volante Elicarlos, do Cruzeiro, contra o atacante argentino Maxi López, do Grêmio, durante a primeira partida entre os dois times na noite de quarta, no Mineirão, pela semifinal da Libertadores.

Após a vitória cruzeirense por 3 a 1, já na madrugada desta quinta-feira, Elicarlos registrou ocorrência na delegacia de plantão do próprio estádio, afirmando que foi ofendido por Maxi López, que o teria chamado de "macaco" aos 25 minutos do primeiro tempo do jogo. O inquérito foi instaurado pela 16ª DP da capital mineira.

Aos delegados de plantão no Mineirão, Maxi López negou a ofensa. Em nota divulgada nesta quinta-feira pela Polícia Civil, o delegado Daniel Barcelos alegou que não foi lavrado flagrante "por se tratar de denúncia verbal, verificando-se contradição e parcialidade nos depoimentos dos jogadores (testemunhas) de ambos os times".

O caso, porém, repercutiu até entre a mais alta autoridade estadual. O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), que assistiu ao jogo de quarta-feira no estádio e confessa ser um fanático torcedor do Cruzeiro, classificou o episódio como "absolutamente lamentável" e ressaltou que racismo se trata de um crime inafiançável.

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