Feijoada da Receita, do Fritzen
O Brasil, pela sua imensidão territorial, pelas diferentes formas de colonização, pelas influências provocadas pela colonização, construiu uma cultura, tanto artística, culinária ou comportamental das mais ricas e admiráveis.
Em uma destas influências, temos uma que originou da forma miserável como um dos pilares desta colonização, eram tratados por seus proprietários.
Nascida através das sobras, dos piores pedaços do porco, a feijoada é símbolo de uma raça que merece toda a nossa deferência, a raça negra.
Os Africanos, tratados como animais no período colonial, deu uma pitada das mais belas na construção da raça brasileira, da sua cultura, artes e culinárias.
Seus gingados e trejeitos, fez nascer um povo moleque e solicito.
Das enormes senzalas, em São Paulo, Minas, Rio de Janeiro, Baía e Pernambuco, floresceram mulatos e mulatas, sambistas, capoeiristas, filhos de xangô ou oxum, todos verdadeiramente de sangue africanos.
A feijoada, culinária apreciada por mineiros e cariocas, consumida em quase todo o território nacional, é daqueles pratos referenciados com todo um ritual.
Com caipirinha, cerveja ou um belo chope gelado, deve ser degustada de forma calma e tranqüila, para que o peso de sua composição não derrube o felizardo que a degusta.
Domingo estivemos na Associação da Receita Estadual e tivemos o prazer de saborear, a convite do palmeirense Norival Dias, uma deliciosa feijoada, feita pelo Fritzen, alemão experto em feijoada. Tão forte foi a nossa colonização e a integração das raças que aqui se estabeleceram, temos um genuíno alemão expert em feijoada.
A feijoada do Fritzen, é daquelas sem reparo, sabor maravilhoso, com todas as variedades de iguarias em sua composição. Pode abrir uma birosca que terá muitos fregueses.
Faltou, lógico, o motorista das multidões, deixa disso Dirço, o Barrichelo e o Katayama, são ótimos pilotos.
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