De Sukyakis a Guilherme.




 








Bia e Carol


Nos atropelos do dia a dia, acabamos por não encontrar os amigos.

Os vizinhos, nos horários de sempre.

Logo pela manhã ao levar as crianças à escola, na hora do almoço, e no final da tarde.

Quando se aproxima o Domingo, ou mesmo a quarta feira, tendo jogos do brasileiro, sempre há a provocação.

Outro caso excepcional, é quando tem filhos pequenos, neste caso somos levados pela necessidade do convívio dos filhos com o mundo real.

Aí tem as festas, é um churrasco, aniversário, ou invariavelmente quando surge alguma noticia excepcional.

Fora isto, ficamos presos às nossas irrealidades, fechados em mundos tão pequenos, não se sabe como cabemos dentro.

E o Guilherme, é a razão destas noticias excepcionais.

O flamenguista, figurino de botijão de gás Reinaldo, está com sorriso maior do que o do Obina.

A Bia vai ter um irmãozinho.

A Cristiane, que já está com barriga quase do tamanho da do Reinaldo, está grávida há seis meses e o ultra-som acusou possibilidade que seja do sexo masculino.

Para tamanha alegria, surgiu o chela para fazer um sukyaki  e derramar umas cervejinhas.

Chela que foi nosso vizinho por um bom tempo, torcedor exclusivo do Grêmio de Maringá, fez jus ao nome da nossa rua, o bom sai.

Mas onde o chela para, tem que ter cerveja, se não tiver cerveja, o chela não para.

Agora com dotes culinários, ele, que já era um bom falante, virou uma peça.

E uma das preocupações do chela, é a do Reinaldo não se preocupar de quem é o pai do Guilherme, a vida nos ensina que pai é aquele que cria, educa, paga a faculdade, leva para jogar bola, e no final pelo convívio, acaba tendo uma afeição igual a nossa.

Todos riem se divertem, mas esta afirmação, para o homen, enquanto o neném está na barriga da mãe, é ouvida em todas as rodas que se formam, e não adianta apelar, é pif paf, fez uma rodinha, em volta do futuro pai, lá surge alguém com esta brincadeira, o pai, apenas sorri amarelo.

Foi muito agradável, saber do Guilherme e ouvir as histórias do chela.

Ver o Reinaldo apertado com as cervejas, correr ao bar para buscar mais umas garrafinhas, porque se acabar a cerveja o chela começa a formigar e vai embora.

O sukyaki estava ótimo, o Guilherme teve uma boa mostra do que o espera.

Macacãozinho do São Paulo, presente do sacana do Ricardo, em breve ele ganhará um do Cruzeiro, lógico.

Como pai é o que cuida, vamos ajudá-lo a encaminhá-lo ao bom caminho.

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