Amor se escancara, não se esconde, não se oculta, não se valoriza
















Irmã univitelina do amor, a felicidade só existe, com a presença deste.
Vivemos em busca permanente da felicidade.
Nos auges da juventude, quando a jura secreta do amor eterno prenuncia, nos dispomos a andar descalços sobre roseiras espinhosas, escalar montanhas de gelo, atravessar mares a nado, pular de para-quedas e até virar vegetariano.
Na luta em busca da felicidade, não se pode desprezar o amor.
Este tem que estar presente, sempre, a qualquer hora, minuto, segundo.
A caminhada da felicidade, nos torna maridos, esposas, filhos, filhas, genros, noras, cunhados, cunhadas, tios e tias.
Adjetivos se agregam.
Hábitos se refazem.
Sabores, fragrâncias, gosto musical, literário, tudo passível de adequação.
Se neste período da busca da felicidade, estas coisas não se encontrarem, cuidado.
Sua felicidade corre perigo.
Mesmo que o amor não se ausente.
Política e outras coisas de maior ou menor importância, não faz muito importância.
A felicidade, irmã univitelina do amor se ajeita nestes momentos.
Afinal que diferença faz.
Discutir os interesses do município, estado ou da nação, com quem está a favor ou quem está contra, desde que o amor esteja a tira colo.
Pizza de massa grossa ou fina, beijo na chuva, engolir o chiclete, beijo adormecido, sorriso amassado, tudo vale.
É a felicidade, é o amor.
Somos apenas minúsculos grãos de areia, nesta praia.
Uma coisa que não se negocia, admite-se no máximo uma simpatia, é quando se fala do futebol, do clube do coração.
Neste ponto a felicidade não pode mudar de camisa.
Este amor é eterno.
Ou é feliz ou não é.
Não tem como se tornar meio feliz, ou meio triste.
A exceção é quando a outra parte, neste caso, a tampa da panela, é de outro estado e torce igualmente por time de outro estado, mesmo assim, com ressalvas.
Você nunca pode aderir ao outro, apenas tolere a felicidade do outro, da outra.
Neste ponto, quando a felicidade já está avançada, não divida o amor dos penduricalhos pelo time alheio.
Tudo bem, uma certa simpatia, mas os penduricalhos, têm que torcer para o seu time.
Simpático sim, amar não.
Filho que se preze torce para o time do pai.
Ponto final.
Vejo pessoas que andam pela vida, com uma nota só, com a vida solo.
Mesmo com idades já em crédito com o todo poderoso.
Principalmente os que nunca tiveram parceiros ou parceiras para encontrar a felicidade.
Os que já o tiveram tem lá suas razões para ficarem no samba de uma nota só.
Mas, como uma pessoa pode andar por esta vida, trombando com a realidade da procriação, sem tentar ser feliz, compartilhando suas inexoráveis qualidades?
Sonhar com os pentelhos dos filhos, filhas.
Viver e amar suas vidas, alegrias, tristezas, peraltices, compartilhar seus sonhos.
Como?
Ela poderá se apegar a mil desculpas ou razões, mas é quase inexplicável.
Por mais desqualificado que possamos ser, tanto o a, quanto o b, haverá de ter uma coisa boa para se encontrar a felicidade.
O amor, a felicidade.
Como prestar conta de nossa vida a São Pedro, quando ele perguntar.
- Ô jovem, quantas esposas você teve?
Quantos filhos criou, educou?
Qual o valor da fatura desta pessoa perante a santidade?
Como saber a felicidade de ser pai, sem ser?
Como saber a felicidade de ser mãe, sem ser?
Não estou nem dizendo no caso específico da geração.
Dádiva divina, da criação.
Como experimentar o gosto de enfrentar a briga de dois filhos, ou filhas?
Como se posicionar, no conflito com o sexo oposto, a outra banda da felicidade, sem imaginar nas conseqüências dos atos?
Ô tudo bem.
Tô indo para a casa dos meus pais, falou parceiro.
É duro.
Não é assim.
É mais fácil imaginar o amor sonhado, a estrada percorrida, as conquistas, as vitórias, do que ficar ao choro dos cacos quebrados, estes quebrariam na caminhada solo também.
Amor é impossível sem ser feliz.
Ser feliz, é impossível, sem ter dentro do peito, o amor.
As tempestades que rondam as cucas dos que querem ser felizes, viram orvalho nos corações daqueles que possuem o amor.
Amor, singelo ou intenso, novo ou velho, é pressuposto da felicidade permanente.
Amor não se renova.
Não é objeto.
Amor não aceita justificativas.
A felicidade o justifica, ou é feliz, ou é infeliz.
Amor se constrói, todos os dias.
Todas as horas.
Todos os minutos.
Todos os segundos.
Amor se escancara, não se esconde, não se oculta, não se valoriza.
Ele é sentimento único.
Ele é a cara da felicidade.

Comentários

Jakky disse…
Você é minha felicidade!!!

Te amo.
Sua amada.
Dedeco disse…
Sensacional. Parabéns.

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