Num passe de mágica, eliminamos a tal da saudade



















Rever, verbo que nos serve ao ato de matar a saudade.
A qualquer momento que provocamos um reencontro, estamos praticando o verbo rever.
Num passe de mágica, eliminamos a tal da saudade.
Estou neste momento sem saudades do meu povo de Ipatinga.
Ato natural para quem aqui está, vendo, abraçando, beijando, reunindo, festando com todos os meus que moram em Ipatinga.
Ato contínuo quando aqui estou, há mais de 20 anos desde meu primeiro retorno a esta terra sagrada, quando ainda gozava dos abraços e sorrisos da minha bela e linda mãe, quando aqui chego, reunimos todos, todos os dias.
Essa estada, tem uma razão, viemos para o casamento do Gustavo com a Claudinha, belo casal que estão neste rola rola, há mais de cinco anos, aí chega um momento que ninguém mais agüenta ver os personagens se enrolando, começam as cobranças, quando será o casório, o tmp pasa, quando decidiram, o fizeram há um ano, deu tempo para prometer presença e aqui estamos.
Ontem degustamos um carneiro na brasa e um cabrito ao molho de vinho tinto (feito pela dinha) estava uma delícia, aliás, qualquer prato que a dinha faz é delicioso, ela tem uma mão sagrada na cozinha.
Como em nossas reuniões, o papo é só sobre o Cruzeiro e alguns pitacos sobre a galinha, como em toda família, temos também a nossa ovelha negra, e lá em casa temos um neguinho que torce pela galinha, fomos nos melhores dos ritmos, mesa redonda, baralho e alguns caroços de feijão e garganta afiada, é truco sô.
Fizemos uma rodada e tanta de truco.
As duplas, mais variadas, só não variava a dupla do noivo com o Dedeco, aliás a única que ganhou quase todas, ao ponto de em determinado momento, alguém roubar o zape (em Minas Gerais, o zape do truco é fixo, é o quatro de paus) do jogo e jogá-lo na churrasqueira. Acabaram jogando umas quatro partidas sem notarem a ausência da maior carta do baralho, também, a guimarinho e a Brahma foram poucas, foi muito bom.
A mulherada atualizava a cada segundo, a fofoca do segundo anterior, o nível, altura da conversa, dos gritos, acho que dava para ser interditada a festa, o bom é que a vizinhança, da quadra e das quadras seguintes, são todos conhecidos e amigos.
O único que não jogou foi o Gabriel, a namorada não deixou, detalhe, ela está em São Paulo, coisa que o pai, os primos, as primas, os tios e tias não entendem.
Está sendo muito bom.
Hoje, será na casa dos pais do noivo. Vamos festar, regado a pernil de porco assado, o cozinheiro será o seu Valti.
Novamente o truco vai correr solto.
Vou comprar dois baralhos e colocar dois zapes no jogo, vamos ver o rolo que vai dar.

Comentários

Crioulo da família disse…
Esta turma do truco é fogo.
Tem um tal de Helinho que rouba mais que cruz credo.
O Gugu e o Dedeco, levou o baralho marcado.
Legal foi ver o seu Augusto de cuecão de pijama, rondando a mesa de baralho as 2 horas da manhã, querendo pedir para pararem, mas não teve coragem.

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