Ele, amante por física.


 

Hoje, está em moda, campanhas para a utilização do transporte coletivo.

Por motivos óbvios, ignorando as campanhas, tenho usado o transporte coletivo.

No meu caso, acostumado a ter dois carros, estou com apenas um.

A necessidade de transportar os filhos às escolas exige tempo e paciência, tenho preferido a comodidade do meu motorista particular.

A rotina desde a saída de casa é totalmente diferente.

Como ainda estou iniciando, preciso me preparar melhor.

Algumas iniciativas tenho de tomar.

A primeira delas, me adaptar aos horários dos ônibus.

Caso contrário, a viagem fica cansativa, demorada.

Outra coisa, é abrir mão do tratamento vip dado pelos agentes de passe.

Preciso comprar um cartão com os créditos.

Coisa simples, e absurdamente mais barato.

Uma coisa, que não temos como escolher, usando o transporte coletivo, é a companhia.

De jovens bonitas, a feias de qualquer forma e idade.

Como estou apenas atrás do conforto da locomoção, isto não faz diferença.

Mesmo que o colega da poltrona, seja falante, feio, cheirando a cachaça.

É a socialização do transporte.

Viaja quem paga, ou melhor, viaja quem paga e quem tem a passagem livre.

Neste caso, a lista felizmente é razoável.

Uma categoria desta lista, tive o privilégio de ajudar a incluir.

A categoria dos estudantes, mas isto merece um outro momento para comentar.

Hoje tive o prazer de ficar no ponto junto a um candidato a cientista.

Um garoto de aproximadamente 10 anos.

Gerado por uma mãe parenta próxima da maritaca.

Mas o possível cientista não tem culpa.

Melhor, que ele gostava de física, a mãe dele falava, falava o que entendia e o que não entendia. Mas com orgulho pelo rebento que tinha.

Ele, por sua vez, como característica própria destas figuras, morrendo de vergonha pelo palavrório da mãe.

Ele, amante por física.

Ai meu Deus, física.

Em determinado momento de nossa conversa, ele começou a falar da aceleração.

Aí foi um aperto só.

Ele, todo entendido, falava, e quando tentei conversar, tive que dar meus pulos.

Acabei entrando numa fria, cometendo um pequeno erro, falar de desaceleração.

Mama mia.

Ele queria de todas as formas saber os processos, fórmula e como ocorria...

Minha sorte, sempre tive um bom conhecimento de física.

Alguma coisa pude falar e enrolar.

Mas, não satisfeito, pediu exemplos, ai falei do avião, do carro.

Fui, mas sei que encontrando-o na próxima viagem terei de ouvir.

Fiz questão de não perguntar seu nome.

Se encontrá-lo novamente, quem sabe.

Mas, tem cara de Astrogildo.

 

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