Itália mia



Emabrque italianos no  Porto de Genova - http://familiavignoli.blogspot.com.br/p/imigracao-italiana.html












O Brasil desde seu descobrimento sempre foi um sonho dourado dos europeus capitaneados por Portugal.
Desde sua descoberta pelos portugueses, milhões de europeus, asiáticos e africanos desembarcaram na terra de Cabral.
A cultura brasileira possui laços fortes com os africanos, europeus e japoneses – neste caso deixo de falar em asiáticos, pois a imigração japonesa foi a única a fincar os pés nas terras do pau Brasil – devendo a estes imigrantes, mais os nativos, os acertos e desacertos do Brasil chegar onde chegou. Por não ter compreendido as diferenças de cada um dos pioneiros, para impor os limites necessários na construção de uma nação ainda em seus primeiros passos, pagamos hoje uma fatura alta, de desvios de caráter de uma boa parte dos que aqui enterraram seus umbigos.
Do continente europeu, temos alemães, holandeses, espanhóis, naturalmente portugueses e a mais forte de todas, os italianos.
O cordão umbilical que liga brasileiros e italianos iniciou-se próximo a 1.830, quando aportaram em alguns portos brasileiros, navios com milhares de italianos, incentivados pela monarquia portuguesa, que em breve perderia seu trono na terra de Ruy Barbosa.
Os italianos fincaram os pés em São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, e nos demais estados brasileiros tiveram participação menor, Minas Gerais, Rio de Janeiro, ainda receberam alguns conterrâneos do Paulo Rossi, nosso carrasco em 1982.
Os italianos foram responsáveis pelo avanço industrial de São Paulo, tendo na linha de frente o Sr Matarazzo, no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, fortaleceram a lavoura, ajudando e impulsionando o desenvolvimento da insignificante área rural brasileira, que só produzia cana de açúcar, café e extinguia o pau Brasil, com sua estratificação predatória.
Entre os bambinos que desembarcaram no porto de Santos em fins do século 19, oriundo de Paese, comuna de Treviso, estava Ferdinando De Lazzari, que, acompanhando os pais, vinha para trabalhar nas lavouras de café.
Casou-se com uma compatriota, Maria Battaglini, em Laranjal Paulista, à época distrito de Tieté – SP.
Entre os herdeiros, estava Hermínio Delazzari, que após casar-se com Adelaide Battaglini, tiveram quatro filhos, Luis Carlos, Paulo Delazari, Sueli Delazari e Edina Delazari, vejam que aqui o cartorário brasileiro já mudou o de Lazzari, para Delazari, mas o que importa é a origem, sanguínea e pátria.
Me envolvi nesta famíglia da terra do vinho e do queijo, através da Jaqueline Delazari, filha da Edina.
Mineiro, nasci na terra do queijo, especiaria que me faz a cabeça, e a bebida, a que me dá prazer, sempre o foi, o vinho.
Sem saber o DNA das origens, o DNA palatável carrega suas preferências.
Os que um dia vieram, criaram caminho para os que um dia desejem voltar.

Na vida o caminho só é de ida dependendo de onde você parte, o mesmo que é de ida, pode ser o de volta.

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