Amizade



















A amizade, como relacionamento, dádiva divina.
Todos nós em algum momento da vida sustentamos as amizades.
Interessante que pela lógica dos céus não recordamos algumas amizades importantes.
No meu caso, e de alguns contemporâneos, não seria a voga do raciocínio seguinte.
Mas, dos que de maternidades para cá, obedecem a realidade do meu raciocínio.

Maternidade é coisa moderna.
Contemporâneos nasceram, como eu, em quartos de casas, sitios e fazendas.
Em mãos calejadas de parteiras.
Algumas com cachimbos pendurados nos lábios.
Traziam ao mundo, sem complicações e sem custos.
O que hoje complicam, rasgam as barrigas e a preços de astros.
Astronômicos.

Pergunte ao Gabriel, nosso primogênito.
Pergunte aos Felipes, nosso e da Ieda e do Humberto.
Pergunte ao Guilherme, nosso adotado.
Pergunte à Gabriela, nossa Gabriela, não a do Jorge Amado.
Pergunte aos Franks, Gustavos, Dedecos, Alines, Luizes e Joãos da vida das maternidades.

Qual o nome do seu primeiro companheiro ou companheira de quarto.
Naturalmente, deveriam ser um dos seus primeiros amigos.
Não saberão.
Apenas, os que fizeram das tetas sagradas de suas mães, companheiras sagradas.
Saberão dizer, imaginando os seios sagrados, nossas primeiras amizades, de quarto, nossas mães.

No meu caso e na realidade de contemporâneos.
Nossa realidade é o sorriso aberto de nossas maravilhosas Marias.
Nossa realidade é a fartura de seios sagrados com leite supremos.
Nossa realidade é o braço aberto como travesseiro, recebendo nossas horríveis cabeças.
Nossa realidade é o espaço único do mais delicioso colchão, da nossa mãe.

A amizade desde o nosso Nascimento.
Não permite Cottas.
Mesmo que feitas no Bar Celos.
A amizade Sem Peixes, não é amizade.
As amizades mesmo coloridas, ou em tom Colorado.
Pode remar em Rios Brilhantes.
A amizade pode nascer na brisa do Mar, ou ao sabor do Ingá.

As bonecas, bonecos.
Cães e gatos.
Periquitos e frangas.
Porquinhos e gaviões.
A maioria, do meu tempo, teve uma primeira amizade animalesca.

A amizade, prima irmã do mais profundo amor.
Nos apresenta pessoas jamais imaginadas.
Nos presenteia com seres da melhor estirpe.
Nos liga à mais profunda conexão do amor.
Nos aproxima da mão divina.

Tenho grandes e belos amigos.
Tenho grandes e algumas amigas.
Dos Bonfins e no dia a Dias.
Das sedas, Iedas.
Dos tons e Detones.
Das beiras e eiras e Silveiras.

Amizade não tem discriminação.
Amigo é amigo.
Apenas isto.
Amigo é igual irmão, o amor sempre incondicional.
De Morais a Duques.
A palma da mão tem a mesma extensão.

As amizades e os gostos.
Dos corações dos mesmos sangues azuis.
Das bandeiras ideológicas.
Mesmo partidas em partidos.
Não importa a cor das bandeiras.
Importa as amizades primeiras.

As amizades do dia primeiro.
Não suportam ao dia seguinte.
Das amizades dos bancos escolares.
Maiorias não suportam aos ventos.
Das amizades das orações.
Maiorias não tocam os corações.

As amizades escolares.
Podem resultar em muitos novos lares.
As amizades dos dias.
É a amizade de cada dia.
As amizades das noites.
Podem não suportarem às  luzes do dia.

Gosto da amizade que tem inicio, meio e um Bonfim.
Gosto da amizade que tem a palavra e o pingo do I.
Gosto da amizade que tem o quis e nos mantém quirino.
Gosto das amizades que resistem aos Dias.
Gosto da amizade.

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