Fim de Round, primeiro ato
















Findado o processo eleitoral em Maringá, no que me diz respeito. Tive o privilégio de disputar uma vaga na Câmara municipal, mesmo não tendo sido por opção, planejado e sonhado, mas por sentir-me obrigado a cumprir um compromisso assumido.
Fiz desta experiência um exercício de tentar fazer a opção do eleitor através de ações que não mudaria meu cotidiano.
Assinei meu registro de candidatura em 08 de Agosto, após uns cinco dias estava apto a participar do pleito, com as documentações apresentadas à Justiça Eleitoral.
Meu primeiro embate foi deparar-me com a postura negativa da pessoa que precisou de minha candidatura em não cumprir com os compromissos prometidos 40 dias antes, quando precisou que eu avalizasse a coligação.
Um tropeço inicial, que viria a ser uma abertura e agressão aos meus princípios políticos e ideológicos que é o de não defender aos quatro cantos a candidatura a Prefeito da minha coligação.
Trabalhei todos os dias até a última semana em minha empresa, pois dela dependo para me sustentar e aos meus.
E procurei colocar na rua, nos meios sociais e nos debates nas reuniões, minha história, que tanto me orgulho.
Levei a todos que tive a oportunidade e o privilégio de falar, qual era a função do Vereador, e acima de tudo, pedi para não votar em mim quem o fizesse em troca de favores pessoais agora e no futuro, seria Vereador para atuar em nome da comunidade, em defesa de seus direitos e pelo bem de Maringá.
Tive ao meu lado a todo instante amigos de primeira hora, sonhadores, que agiam como os honrados desbravadores deste norte paranaense, com bravura, destemidos e aplicados na oferta de ajudar-me na caminhada.
Tivemos alguns conflitos, mas nenhum que não fortalecesse ainda mais nossos propósitos e nossas amizades.
Pude neste ínterim rever amigos, reviver sonhos, reatar laços outrora adormecidos.
Parabenizo a todos os vereadores eleitos, cada um à sua maneira teve o mérito para alcançar seus objetivos, em especial meu amigo Humberto Henrique que sem desviar seu caminho, mais uma vez foi reconhecido pelo trabalho que realiza como um nobre Edil.
O que levo desta experiência, já havia presenciado atitudes que me envolveram no passado, que custou caro a quem as praticou, mas, de toda sorte ficou um gostinho doce de que este veneno faz bem a todos que ama e idolatra a Democracia.
Além disto, levo a certeza que o processo eleitoral aos candidatos ao legislativo é inócuo para apresentar propostas, é injusto pelo tempo de mídia, procurando favorecer aos que pelo poder econômico conseguem planejar os apoios necessários. Poucos são os que conseguem mostrar-se pelo que defende e pelas idéias apresentadas.
Em nenhum momento me senti melhor do que ninguém para tentar conquistar os votos de determinado eleitor. Tive o prazer de não aceitar contribuições de determinadas empresas que me fariam envergonhar-me e aos meus familiares. Se já era um sacrifício a campanha, não o poderia ser o futuro e minha consciência.
Em nome de meus familiares, do Norival, Dirço, Carlitos, Lena, Gaspar, Ieda, Elvira e Zuleica, quero agradecer do fundo de minha alma a todos os 261 votos que recebi, porquê, o meu voto em mim mesmo era algo tão inimaginável que prefiro não contá-lo.
Valeu e se houver outra oportunidade que seja pela vontade dos amigos, da família, e dos ideais democráticos.
Jamais o será pelas necessidades alheias e pelo cumprimento da palavra.
Ou, como dizia meu querido avô.
- Pelo fio do bigode.

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