No Rio, a morte chega cedo, diz 'The Washington Post'


BBC - LONDRES

O diário americano The Washington Post publica em sua edição desta segunda-feira uma grande reportagem sobre a violência no Rio de Janeiro, na qual afirma que o número de mortes de jovens nas favelas da cidade “ultrapassa de longe o de muitas zonas de guerra”. http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2007/04/15/AR2007041501085.html?hpid=artslot
“De 2002 a 2006, 729 menores israelenses e palestinos foram mortos como resultado da violência em Israel e nos territórios ocupados, segundo o B’Tselem, um grupo de direitos humanos israelense. Durante o mesmo período no Rio de Janeiro, 1.857 menores foram assassinados, segundo o Instituto de Segurança Pública, um centro de pesquisas do Estado”, comenta o jornal.
A reportagem, que tem uma grande chamada na capa do jornal, com cinco fotos, traz ainda dez histórias de vida diferentes, sobre o efeito da violência sobre os moradores das favelas do Rio de Janeiro.
Uma das personagens, Maiza Madeira, conta como tenta localizar os três filhos para garantir sua segurança a cada vez que ouve barulhos que podem ser tiros na área onde mora.
“Eles moram em uma favela, que se transforma em um campo de batalha, disputada pelas gangues do narcotráfico que dominam o bairro, a polícia e, em alguns casos, milícias de vigilantes – e a segurança é dificilmente garantida”, afirma a reportagem.
O jornal diz que no bairro onde ela mora, a Rocinha, “quase todos têm uma história de como a violência entrou em suas casas”. “A maioria das histórias, como a de Madeira, tem crianças como seus personagens principais, como vítimas ou como autores”, relata o texto.

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